segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Projeto de Extensão da UFPB fica em Primeiro Lugar no Premio Cidade Pro Catador.


No ultimo dia 19/12/2013, recebeu das mãos da Presidenta Dilma Rusself, como primeiro colocado no “Premio Cidade Pro Catador”, a Prefeita Alderi Caju de Bonito de Santa Fé-PB e a catadora Rita Miguel, durante o encontro com os catadores e moradores de rua, em São Paulo. O premio foi destinado aos municípios que contribuem com à implementação de políticas de inclusão social e econômica de catadores e catadoras de materiais recicláveis, dentro da Politica Nacional de Resíduo Solido (Edital de Seleção Pública nº 001/2013), sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República, em parceria do Ministério do Meio Ambiente, Fundação Banco do Brasil, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. Os outros municípios vencedores foram: Crateus-CE, Arroio Grande-RS e Ourinho-SP. Esteve presente na solenidade Socorro Pires (secretaria de administração), Luís Fernandes (secretario de agricultura e meio ambiente), Dep Estadual Gervásio Maia, Tarcísio Valério (Extensionista da PRAC/UFPB) que foi coordenador da implantação do projeto.
O Projeto:
Segundo o Economista e Extensionista Tarcisio Valerio (UFPB/PRAC) e Diretor Executivo do GETEC, foi usada uma “metodologia participativa” para implantação da coleta seletiva, onde prioriza o empoderamento dos catadores, procurando deixar em suas mãos a responsabilidade da gestão pela coleta a partir do que foi construído no processo de capacitação. Em Bonito o projeto foi iniciado em out/2011 e hoje conta com a parceria do Projeto Cooperar/Banco Mundial que financiou a construção de um galpão e aquisição de equipamentos a que vem melhorarem a logística de coleta no município e agregar valor na comercialização do produto. As ações de capacitação foram para 65 catadores, envolvendo os conceitos teóricos do associativismo, economia solidária, educação ambiental e cidadania, estudo de mercado, buscar junto ao município implantar uma logística de coleta do material reciclado diferenciada. Um dos pontos principais no projeto é o processo de educação ambiental (sensibilização) junto à comunidade para fazer a separação do resíduo seco x molhado, sem o qual não é possível ter sucesso no projeto. Por fim, destaca-se que é necessário primeiramente à vontade politica do Gestor local, depois a inclusão social dos catadores e finalmente implantação da educação ambiental, sensibilizando a comunidade local no processo de separação dos resíduos sólidos.
Segundo ainda o Economista Tarcisio Valerio já é a segunda premiação ganha com este trabalho de extensão, sendo a ultima pelo município de Sertãozinho em 30/11/2011 com o premio “Cidade Cidadã”, reconhecida pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal.
Esta experiência metodológica, já vencedora por duas vezes pode ser replicada para outros municípios, porque apresenta o triple da sustentabilidade, envolvendo o social, econômico e o ambiental e já consta de uma programação para 2014 da própria UFPB/PRAC para levar a vários municípios através do Programa “UFPB EM SEU MUNICÍPIO” que tem a frente a coordenação do Prof Orlando Vilar. Maiores informações pelo email: tarcisio.pb@ibest.com.br e fone 9932-5573/8821-9054/3216-7599.







domingo, 1 de dezembro de 2013

Temporada Período de Defeso da Lagosta


Restaurantes, bares, supermercados, peixarias, distribuidoras de pescado e quaisquer outras empresas que comercializem lagostas devem apresentar declaração dia 07 de dezembro, detalhando o estoque de lagosta existente, no dia 03 de dezembro, e indicando os locais de armazenamento. O descumprimento dessa norma sujeita os infratores a multas, que variam de R$ 700 a R$ 100 mil, mais R$ 20 por quilograma de produto irregular, além de penas de até três anos de detenção, a serem apuradas em ação penal. O período vai de 01/12/2013 a 31/05/2014.

Projeto de Reciclagem de Bonito de Santa Fé é Premiado


Terça-feira, 26 de novembro de 2013 - 16h47
O subprojeto de reciclagem de resíduos da Associação dos Catadores de Material Reciclado (Ascamare) de Bonito de Santa Fé, financiado pelo Governo do Estado através do Projeto Cooperar e Banco Mundial, foi um dos quatro vencedores da primeira edição do Prêmio Cidade Pró-Catador promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República. O resultado foi divulgado no site oficial do Governo Federal na tarde da segunda-feira (25).
Os outros contemplados foram os municípios de Arroio Grande (RS), Crateús (CE) e Ourinhos (SP).
O prêmio tem como objetivo reconhecer e dar visibilidade às prefeituras cujas práticas com inclusão social e econômica de catadores possam ser referências para incentivar outros municípios a implementarem suas iniciativas. Também tem a finalidade de aprofundar o conhecimento dos gestores públicos federais, estaduais e municipais sobre políticas públicas de reciclagem, coleta seletiva e inclusão social e econômica de catadores, e criar um banco de boas práticas.
A premiação acontecerá em São Paulo durante o Natal da presidenta Dilma Rousseff com os catadores de materiais recicláveis e população de rua, no próximo mês. Além do reconhecimento, dois representantes de cada experiência – um gestor público municipal e um catador – serão contemplados com viagens para conhecer experiências internacionais de reciclagem.
O Subprojeto de Reciclagem de Resíduos Sólidos foi contemplado com recursos do Cooperar no valor de R$ 399,8 mil investidos em obras, instalações e equipamentos, como a construção de galpão para triagem com área coberta de 273 m2, caminhão com tela de proteção, garagem, equipamentos e material permanente, empilhadeira elétrica manual, balança digital, 10 carrinhos manuais para coletar recicláveis, 16 contentores de resíduos sólidos, prensa mecânica e outros, além de material de consumo, como luvas, máscaras para proteção e fardamento. O terreno de 2 hectares foi conseguido em parceria com a Prefeitura Municipal.
Dos 63 municípios inscritos no Prêmio Cidade Pró-Catador, dez foram selecionados na primeira etapa: Arroio Grande (RS), Bonito de Santa Fé (PB), Crateús (CE), Itaúna (MG), Lavras (MG), Manhumirim (MG), Novo Hamburgo (RS), Ourinhos (SP), Santa Cruz do Sul (RS) e Tibagi (PR).
Avaliação – Os projetos foram avaliados in loco pela comissão de técnicos do Governo Federal que escolheram os quatro que mais se destacam no desenvolvimento de políticas públicas junto aos catadores de materiais recicláveis.
A comissão avaliadora era formada por técnicos da Secretaria-Geral da Presidência da República, Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério do Meio Ambiente, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e Fundação Banco do Brasil.
Já a comissão julgadora, que escolheu os quatro ganhadores do prêmio, foi formada por membros do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os critérios utilizados para a seleção foram a inclusão socioeconômica dos catadores, sustentabilidade, caráter inovador, replicabilidade, impacto no público-alvo, integração com outras políticas, participação da comunidade, existência de parcerias e escopo do projeto.
Qualidade de vida – Para a presidente da Ascamare, Rita da Silva Miguel, que trabalhava como gari e agora também é responsável pela coleta seletiva de Bonito de Santa Fé, o prêmio é um reconhecimento do trabalho feito. “Antes, com o preconceito, nós éramos escanteados, e agora estamos mostrando que temos valor para a sociedade”, destacou.
Rita da Silva disse que o Cooperar foi à base de tudo, pois antes do apoio do órgão em 2012, não tinha sequer o fardamento para trabalhar. “Com a coleta melhorou muito e ainda vai melhorar mais. Com os ganhos, minha feira passou a ser maior e ainda comprei a mobília da minha casa”, lembrou.
De acordo com o extensionista da Universidade Federal da Paraíba, Tarcísio Valério da Costa, que foi responsável pelo projeto de implantação da coleta seletiva em Bonito de Santa Fé, para consolidar a ação, a associação passou por um período de capacitação sobre associativismo, economia solidária e educação ambiental, em parceria com a UFPB, e passou por oficina de capacitação imersa pelo Método Itog (Investimento, Tecnologia, Organização e Gestão) do Cooperar.
Além disso, toda a cidade praticamente foi envolvida na capacitação com campanhas educativas e palestras, que continuam sendo feitas nas escolas, associações e nos meios de comunicação locais.
Tarcísio Valério lembrou que após a implantação da coleta, em março de 2012, a associação chegou a produzir em três meses cerca de 2 toneladas de material reciclável. Hoje, mensalmente tem uma produção de 7 toneladas e faturamento de R$ 3,8 mil, divididos entre os 113 associados. A produção do material é vendida para uma empresa de reciclagem de Juazeiro do Norte (CE).
Adesão – A cidade também aderiu à coleta seletiva e duas vezes por semana os moradores dividem em sacolas plásticas os resíduos gerados em suas residências, separando o material orgânico do material reciclável (vidros, papelão, alumínio, entre outros). O material coletado vai para dois Pontos de Entrega Voluntária (Pev), de acordo com calendário semanal distribuído pela Ascamare.
Tarcísio destacou que reciclar é bom tanto para o meio ambiente como para quem recicla. Mas lembrou que as pessoas ainda não atentaram para a iniciativa, pois apenas 55% dos resíduos produzidos são recicláveis e 45% não são aproveitados e o destino infelizmente são os aterros sanitários.
Ele disse que dados do Ipea de 2010 revelam que o potencial da cadeia produtiva de recicláveis pode chegar a gerar uma movimentação financeira de R$ 8 bi com a implantação de políticas públicas para o segmento. “A indústria da confecção, por exemplo, utiliza 32% de pet”, informou.
O Prêmio Cidade Pró-Catador conta ainda como parceiros com o Ministério do Meio Ambiente, Fundação Banco do Brasil, Ipea e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis.